Lições que o tênis ensina
Quem já mandou ver num paredão sabe o quanto no tênis a gente aprende muita coisa observando o nosso próprio comportamento. Afinal, como já comentamos antes no blog da INNI, o tênis é como um jogo de xadrez.
Mas, tão importante quanto a vontade de aprender é a figura de quem gosta de ensinar. O que seria do desenvolvimento de Pete Sampras e Roger Federer se Paul Annacone não tivesse passado pelas vidas desses tenistas?
Talento faz diferença principalmente quando se tem alguém experiente do lado para guiar os nossos passos. Porém, não é necessário ser um GOAT do tênis para reconhecer o valor de um professor. Todos nós temos alguma história para contar sobre esses profissionais que trabalham não só os nossos golpes, mas nos dão verdadeiras lições de vida.
Júlio Silva, nosso INNIgrammer que teve uma trajetória interessante no circuito, tendo inclusive vencido um jogo de Challenger contra Novak Djokovic e furado um quali de Roland Garros, dedica-se atualmente ao treinamento de atletas.
Ele contou à INNI que começou a se interessar por tênis quando era pegador de bolinha no Tênis Clube Jundiaí. Nessa época, Júlio teve Zezinho como professor, alguém que considera como um pai até hoje e de quem ouviu uma frase que o marcou para sempre.
“Ele falou para me dedicar o máximo possível ao tênis! Tentar ir o mais longe sem me preocupar com dinheiro. Me preocupar em treinar, correr atrás das coisas, agir sempre com humildade, porque o dinheiro é consequência do trabalho.”
Givaldo Barbosa, o veterano do nosso time de parceiros e também treinador em tempos atuais, considerado na década de 80 um dos melhores tenistas do Brasil, relembrou um conselho de um importante professor:
“O Fernando Aventurato sempre me levava para bater paredão, e não é que eu batia pouco não, era mais ou menos uma hora de paredão. Ele dizia, Givaldo, você não está olhando a bola, você está olhando a parede. Eu não entendia isso porque eu errava tão pouco. De tanto eu bater, de tanto ele falar, eu comecei a perceber que eu estava olhando realmente para a parede. Eu tinha que olhar a bola depois que ela pingava no meu lado. Aí comecei a ver o giro da bola, parei de errar, errei cada dia menos. Na quadra era um pouco mais difícil porque tinha o adversário, mas com treinamento eu comecei a olhar cada dia mais a bola e depois não errei mais.”.
No dia do professor o texto de hoje é para agradecer aqueles que muitas vezes são a nossa maior motivação para continuar praticando o esporte. Eles que auxiliam os maiores tenistas da história a serem o que são. Aos profissionais que contribuem diariamente com a INNI por meio de feedbacks e recomendações, o nosso muito obrigado!