Tóquio 2020: um sonho que todos os brasileiros viveram juntos
O encerramento do maior evento esportivo do mundo se aproxima em Tóquio e mesmo com todos os desafios enfrentados, principalmente em razão dos efeitos da pandemia de Covid-19, o Brasil bateu seu próprio recorde em número de medalhas.
Até a última edição, a Rio 2016, os atletas brasileiros subiram ao pódio 19 vezes. A esperança era de que chegássemos ao menos à mesma marca. Mas na manhã desta sexta-feira, a invicta seleção do vôlei feminino de quadra do Brasil superou a expectativa ao vencer um jogo que a levará para a final contra os Estados Unidos.
Apesar da falta de incentivo a 42% dos esportistas da delegação brasileira, que dessa vez está em menor quantidade, 302 atletas em comparação aos 465 da edição anterior dos Jogos, temos garantidas 20 medalhas.
Em meio a um período de adaptações e turbulência, essa Olimpíada nos fez sonhar e vibrar. Sentimos como se cada conquista fosse nossa, seja da ginástica artística de Rebeca Andrade, do skate de Rayssa Leal, do surf de Ítalo Ferreira, da vela de Martine e Kahena ou do mergulho de Ana Marcela.
Sentimos as derrotas também. Mas até nisso o esporte tem a sua magia, porque ele imita a vida.
E por isso é importante enaltecer não somente aqueles que sobem ao pódio, mas a todos os brasileiros que superaram a si mesmos para chegar a Tóquio.
Pessoas como o atleta de arremesso de peso, Darlan Romani, que devido à pandemia ficou sem técnico e sem espaço apropriado para treinar, mas que não esmoreceu diante das dificuldades e comoveu o país inteiro ao dizer que daqui a quatro anos dará 300% de si.
O jovem pugilista Keno Machado, que ao perder uma luta que almejava muito ganhar, se mostrou humilde, porque sabe que nem sempre é sobre vencer.
A judoca Maria Portela e os atletas da canoagem, Jacky Godmann e Isaquias Queiroz, que foram às lágrimas quando foram eliminados de suas provas, já que sabem o quanto se esforçaram para chegar lá.
A incrível Formiga que é histórica por participar dos Jogos a sete edições e inspira muitas meninas a seguirem o caminho do futebol. E Ane Marcelle, que foi a única mulher a representar o Brasil no tiro com arco e mesmo perdendo se viu feliz com o resultado, pois percebeu o seu progresso em relação a sua atuação há quatro anos.
Com tantas narrativas, vamos nos despedindo da competição que mostra o quanto o esporte é fundamental para o desenvolvimento mundial.
A cerimônia de encerramento dos Jogos acontecerá no próximo domingo, dia 8, às 8hs da manhã (horário de Brasília).