Às vezes me perguntam por que a gente não tem um tenista no topo, por que não temos diversos jogadores entre os melhores do mundo. Em minha opinião, para o tênis juvenil crescer, para o Brasil conseguir formar mais atletas profissionais e atletas de ponta, temos que apoiar a base! Esses adolescentes de 10, 12, 14 anos. 

Acontece que o investimento normalmente é alto para que as famílias possam colocar os filhos para se desenvolverem. Além disso, muitas crianças, em diversos lugares, não têm acesso ao tênis e às vezes têm um talento absurdo. Neste sentido, também é importante apoio na busca de talentos para o centro de treinamento, uma equipe com treinadores, preparadores físicos, profissionais que trabalham com a parte mental. 

Mas, há outro aspecto relevante sobre essa questão do investimento na base: os treinadores. Na maioria das vezes é muito difícil para um treinador de tênis conseguir realizar um trabalho na competição. Boa parte do tempo ele tem de se dedicar a trabalhos com as aulas sociais, que são aquelas para quem deseja começar a jogar tênis.

Desse modo, como calendários poderão ser formados, como nós treinadores poderemos acompanhar atletas em viagens de competições, se estamos sempre envolvidos em aulas particulares?

Acho necessário o desenvolvimento do tênis nas áreas sociais, mas para que tenhamos uma base forte do tênis no Brasil é preciso que os treinadores estejam mais envolvidos nas competições, no dia a dia com esses tenistas adolescentes para ajudá-los a se desenvolverem no esporte. 

Infelizmente, há no Brasil uma cultura de patrocínio ou apoio somente a atletas que estão em evidência. Mas, se conseguirmos mais apoio desde a base, como os que a INNI Sports, O Corpo Explica, a Mais Resultados e a Just Line, vem fazendo, com certeza, teremos vários atletas lá em cima. É o que eu venho buscando para a Hocevar Tennis Team. É importantíssimo o apoio de empresas a projetos como o meu, empresas que acreditam no investimento com vistas para o futuro.

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