O tênis em cadeira de rodas nas Paralimpíadas de Tóquio
Faltam apenas 4 dias para o segundo maior evento esportivo do mundo começar. Aqui na INNI não temos dúvidas de que esta será uma edição incrível! Principalmente porque o Brasil tem grandes chances de realizar um feito histórico: a conquista da centésima medalha de ouro paralímpica.
As probabilidades para a realização são altas não somente pela delegação de 253 paratletas brasileiros, a maior em números, seguidos da China, 251, e do Comitê Paralímpico Russo, 230, mas também por toda a preparação, otimismo e tradição do Brasil em conquista de medalhas na competição, que desta vez contará com a participação de 131 países.
Além disso, das 22 modalidades a serem disputadas no maior evento esportivo do mundo para atletas com deficiência física ou mental e atletas guias, o Brasil estará competindo em 20, sendo uma delas o tênis em cadeira de rodas.
A modalidade, que em regra difere do tênis convencional no número de quicadas da bola em quadra, já que pode tocar o chão até duas vezes antes de ser repassada ao adversário, será representada por sete paratletas brasileiros, sendo cinco homens e duas mulheres.
Demais regras e tipo de quadra seguem o padrão olímpico. É importante ressaltar que os materiais esportivos como bolas e raquetes são os mesmos e que a cadeira de rodas utilizada nessa atividade é adaptada para garantir equilíbrio e a mobilidade dos atletas durante o jogo de tênis.
Os tipos de provas no simples ou em duplas são conforme a deficiência física do tenista. Na classe Aberta jogam atletas com deficiência em membros inferiores. Já na classe Quad competem aqueles com deficiência em três ou mais extremidades.
Assim como foi na Olimpíada, os paratletas convocados estão focados em colocar o tênis brasileiro no pódio pela primeira vez e entrar para a história dos Jogos Paralímpicos. E quem sabe garantir uma das 13 medalhas que levará o Brasil ao centésimo ouro?
A aclimatação que os sete paratletas vinham fazendo desde que chegaram ao Japão, na cidade de Hamamatsu, terminou nesta sexta-feira. Agora eles partem para Tóquio, já que as competições da modalidade começam em 27 de agosto e vão até 3 de setembro de 2021.
Confira abaixo um pouco das experiências dos tenistas classificados que sonham em trazer ao Brasil a primeira medalha paralímpica do tênis em cadeira de rodas:
CHAVE ABERTA (FEMININO):
Meirycoll Duval, 27, Ana Caldeira, 22, são duas mineiras que disputarão os Jogos pela primeira vez. Elas estão nas colocações 1º e 2º do Brasil e no ranking mundial em 26º e 45º do tênis em cadeira de rodas. Duval é medalhista de ouro tanto no individual como em dupla no Campeonato Internacional de Belo Horizonte e tricampeã em dupla na Semana Gustavo Kuerten.
CHAVE ABERTA (MASCULINO):
Daniel Rodrigues, 35, que também é de Minas Gerais e 1º do Brasil, além de 17º no ranking mundial, estará nas Paralimpíadas pela segunda vez. Ele é medalhista de bronze no simples dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, Peru, 2019, e medalhista de prata e bronze no Parapan-Americanos de Toronto, 2015.
Gustavo Carneiro, 49, de Uberlândia e 40º do ranking mundial, é tenista desde a infância. Ele começou a competir recentemente, há cerca de três anos.
Rafael Medeiros, 31, também é mineiro. Atual campeão do Peru Open, ele está em 46º no ranking da ITF e em 3º no Brasil. Já disputou as Paralimpíadas de Londres, 2012 e as do Rio de Janeiro, 2016.
Maurício Pomme, 51, é o tenista que tem mais participações nos Jogos Paralímpicos. É a quinta vez que o paulistano competirá. Já representou o Brasil em Atenas, 2004, Pequim, 2008, Londres, 2012, e no Rio de Janeiro, 2016. Além de ser medalhista de ouro no Parapan-Americanos do Rio, 2007 e bronze em Guadalajara, 2011. Também é tetracampeão brasileiro.
CHAVE QUAD:
Ymanitu Silva, 28, ficou em quinto lugar nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, 2016 e foi finalista de duplas de Roland Garros em 2019. O paratleta catarinense top 10º do ranking mundial tem títulos na Turquia e na Europa.
A INNI deseja aos paratletas o melhor da experiência Paralímpica! Estamos na torcida pelo ouro.
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