Todo o tenista carrega consigo o sonho de chegar longe. A vontade de disputar com grandes jogadores. O desejo de representar não só a si, mas a família, os amigos, o país inteiro num grande torneio. 

Quando Rogerinho começou no tênis, se deslocando por horas dentro de um transporte direito de Parelheiros até o local de treino, além das raquetes, tudo o que ele tinha era determinação e amor ao esporte. 

No tênis, esporte de grande investimento, sabemos que o que Rogerinho tinha não era suficiente, mas ele fez ser! Com humildade, respeito, amizade, coisas que ele entende que o tênis deu a ele, o paulistano foi avançando passo a passo e lá se vão 19 anos. 

Ao longo da carreira, Rogério Dutra Silva alcançou o 63° do ranking mundial, competiu em todos os Grand Slams, enfrentou Rafael Nadal e Novak Djokovic, representou o Brasil nos Jogos Olímpicos, no Pan-Americano e na Copa Davis, foi medalhista no Pan de Guadalajara no ano de 2011 e recebeu alguns títulos, como o vice-campeonato do Rio Open em 2020 em dupla com o tenista Thomaz Bellucci.

Na última quarta-feira, após um jogo em dupla com Orlando Luz contra Bruno Soares e Jamie Murray no Rio Open 2022, Rogerinho deu adeus às quadras numa emocionante despedida. Teliane Pereira, ex-tenista com história de vida similar a do atleta, anunciou a aposentadoria de Rogerinho com uma homenagem do quanto ele foi uma pessoa que a inspirou. 

Realmente, como o 14° brasileiro mais bem colocado no ranking mundial, Rogerinho foi aquele Brasil que insistiu em não desistir. Nós da INNI só temos a agradecer por tudo o que ele construiu ao longo desses anos. Não é só sobre títulos, é sobre a garra de um atleta que mostrou que o nosso país tem potencial para ser muito maior no esporte. Basta investir!

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