A Luisa Stefani é top

É sempre bom escutar um elogio de um amigo, mas aquele tinha algo a mais. Anunciou há meses o que esta semana foi oficializado devidamente. Luisa Stefanirealmente está puxando o tênis feminino [brasileiro] para outro patamar”.

Dentre tantas palavras bonitas de reconhecimento pelo trabalho de Luisa, Laura Pigossi, sua dupla olímpica, comoveu a tenista ao apontar em julho como ela vem fazendo um trabalho que vai além de títulos.

Luisa Stefani inspira. É a primeira mulher a colocar o nome do Brasil no Top 10 de uma temporada de duplas da WTA (Women’s Tennis Association). Na época da fundação do ranking oficial do tênis feminino, em 1973, Maria Esther Bueno já estava prestes a encerrar a carreira como jogadora profissional.

Portanto, desde a década de 70 não vemos uma tenista brasileira figurar entre as melhores do mundo. Além disso, com a realização, Stefani se igualou a Gustavo Kuerten, Marcelo Melo e Bruno Soares.  

 

E por que isso é tão significativo?

Todo tenista que deseja se profissionalizar tem consciência que o caminho do esporte que escolheu é complexo, seja em termos de patrocínio, de estrutura para treinos, de profissionais para acompanhar o atleta, entre outros.

Como Fernando Meligeni sempre brinca, tênis é esporte para maluco. A aposta é muito alta em algo que pode não sair como deseja o atleta, ainda que ele tenha se dedicado muito. No caso do tênis feminino as coisas tendem a ser mais desafiadoras, pois falta apoio e visibilidade.

Quando uma tenista com 24 anos como a paulistana Luisa Stefani tem um ano histórico, sendo medalha de bronze em Tóquio, vencedora de duplas do WTA 1000 Montreal e vice-campeã em outros cinco torneios, mesmo com a lesão que a impossibilitou de chegar à final do US Open, ela abre portas para que meninas do nosso país possam ser incentivadas a praticar tênis. Ela também se torna exemplo para essas meninas tenham perspectiva de que podem sonhar o mesmo que Luisa sonha desde que tinha 10 anos de idade. 

Nem toda atleta de base terá a oportunidade que Stefani teve de ir morar nos Estados Unidos, país que oferece mais estrutura para quem deseja se desenvolver no esporte. Por isso é tão imponente os resultados que ela teve esse ano. Para que no Brasil possamos compreender que devemos dar atenção a talentos que não podem mais ser desperdiçados.

A INNI incentiva a base de atletas do tênis brasileiro porque acredita no futuro.

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